NOTA DO CENTRO ACADÊMICO DE SERVIÇO SOCIAL DA UFRN SOBRE O PINHEIRINHO

O início de 2012 foi marcado pela luta dos moradores da ocupação do Pinheirinho em São José dos Campos, São Paulo. No madrugada do dia 21 de janeiro, milhares de pessoas expulsas de suas casas da forma violenta que se pode imaginar. A mando do governo do Estado, Geraldo Alckmin, e da prefeitura municipal, Eduardo Cury, a tropa de elite da polícia do estado efetuaram a desocupação do terreno que pertencia ao empresário Naji Nahas, o mesmo que há alguns anos foi preso por crimes de fraude e corrupção. Os moradores do Pinheirinho foram pegos de surpresa pelos mais de 2000 homens da tropa de elite que feriram o pacto federal que através de uma liminar impedia a desocupação por 15 dias.
 
No entanto, a resistência dos mais de 6.000 trabalhadores que há 6 anos ocupam o Pinheirinho, não foi suficiente para impedir que suas casas fossem tomadas. Foi uma madrugada violenta, a polícia utilizou bombas de efeito moral, gás de pimenta e armas de fogo em cima de crianças e idosos. Muitas pessoas foram feridas e algumas pessoas continuam desaparecidas até a presente data, a polícia de nega a investigar o paradeiro delas.
 
Dez dias depois da desocupação a situação do Pinheirinho continua a mesma, as famílias foram jogadas em abrigos cedidos pela prefeitura, homens, mulheres, crianças e idosos estão alojadas em tendas e ginásios que não oferecem a menos condição de sobrevivência, não existe tratamento médico e nem se quer alguma perspectiva de destino para elas.
 
O massacre de Pinheirinho tem culpados, eles não são os trabalhadores pobres que se apropriaram do terreno abandonado e hoje sofrem essa barbárie, o governo do PSDB se abre para a especulação imobiliária de São Paulo e ao mesmo tempo se exime da responsabilidade das políticas públicas de moradia e saúde.
 
Quando morar é um privilégio, ocupar é um dever, e é por esse entendimento que nós, do Centro Acadêmico de Serviço Social, nos juntamos as mais de 18 entidades políticas que representam a classe trabalhadora e os demais segmentos dos movimentos sociais e construímos um Ato de apoio e solidariedade ao Pinheirinho!
 
Mesmo distantes, estaremos sempre ao lado da classe trabalhadora, lutamos por uma educação laica, pública e de qualidade para que a juventude venha a ter melhores condições de vida, mas a nossa luta não pode estar separada da luta dos trabalhadores que são responsáveis pela manutenção da riqueza do estado. Não podemos esquecer que o governo petista, através da presidente Dilma tem obrigação de intervir nesse processo e resolver o abandono aos moradores do Pinheirinho, o terreno deve ser transformado em uma área de interesse social. Apenas declarações de apoio não vai mudar a situação dos desabrigados do Pinheirinho.
 
Reforçamos o convite para que tod@s compareçam ao Ato desta terça-feira, que será realizado a partir das 15:30h com concentração em frente ao MidWay.
 
SOMOS TOD@S PINHEIRINHO!

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